24/12/2008

instante

vôo sempre alto demais
dentro
de uma noite

(tão clara) que os olhos
não decifram.

19/12/2008

Irremediável

estou
em
plena
in/
atividade

e
meu
Silêncio
dói
tanto

como se
fosse
( mas não
é
ainda )

um
Ferimento

10/12/2008

(a)Temporal

nuvens
de flores
brisa
de perfumes

chuva
de pétalas
em noites
de sol

16/10/2008

anti-vôo

o código
da Vida
nas garras do poema

: é peso morto

25/09/2008

sou

metade medo
metade monstro

o resto é massa
de modelar.

14/09/2008

Sequência

tão fria
e escura
a noite
parece
real

: um
Poema
ignora
o poeta
e segue
mudo.

du "baralho"

o resultado
entregue
as cartas todas
marcadas

vencedores
vencidos
são dois nomes
do mesmo

: o Jogo é maior
que o prêmio.

Instante

um
rio infinito

deságua
na
imensidão

do
poema.

03/09/2008

Fluxo

minha
saudade
é um
rio
infinito

: deságua
na
imensidão

do
poema.

01/09/2008

Simples assim...

quando
Você me olha
eu sinto
que Você
me enxerga

quando
Você me abraça
eu sinto
que Você
me Abraça

quando
Você me beija
eu sinto
que Você
me Beija

quando
Você me deixa
eu sinto
que Você
permanece...

26/07/2008

Coletânea



Estou participando com 20 poeminhos
leia mais aqui: Celeiro
.

23/07/2008

Poema

foi
você
quem
disse

tudo
que
sei

de
mim.

21/07/2008

Sono

um
túnel
atra/
vessa

o
Tempo
quando

não
desaba

20/07/2008

Loucura

Quando te vi
pela primeira vez
- meus olhos
começaram a existir

: arranquei-os
pra enxergar melhor.

19/07/2008

Poluição

todo dia
é um
espetáculo

que o Sol
assiste
escondido.

10/07/2008

Boas Vindas

sou
este desabrigo
( um
não-lugar
ao sol )

- minha
solidão
não tem paredes

: entre
a casca é sua.

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

Hoje tem texto meu aqui:
O Fogo Anda Comigo.
.

e aqui:
Apolo (Academia).
.

08/07/2008

as batidas
do coração
drenando

um mar
de silêncio

07/07/2008

A capa:



Tela: D'noronha
Galeria Virtual : AQUI

Leia os textos aqui:
"O AÇO, O NINHO & OUTRAS FRÁGILIDADES.

wilson guanais ( CBJE - 2008 )
.

04/07/2008

Trama

quando a gente se abismar
( Corpo beirando Corpo )
todas as linhas do mapa
vão tecer nosso Destino
então vamos nos perder

costurados Um no Outro

e na paisagem
onde Tudo será
o mesmo emaranhado de Nós.

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POETANDO JUNTO:

Tez.

quando a gente se tocar
(pele tatuando pele)
todas os poros do corpo
vão denunciar nosso Desejo
então vamos nos entregar

-Um ao Outro-

ao prazer silente
que grita promíscuo
dentro de nós.

Ana Poeta
.

02/07/2008

Saída de emergência

sem carinho
nem amor
falta luz
falta calor

transformo
em cobertor
meu tapete
voador.

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Hoje tem texto meu aqui: Poetas Lusófonos.
.

01/07/2008

Limitação II

não sei
onde
dorme
a palavra
Paz

nem como
acordá-la
da
guerra.

30/06/2008

entendimento

sei
o peso
da
pulga
que

não
trago
atras
da
orelha

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

Hoje tem texto meu aqui:
O Fogo Anda Comigo.
.

29/06/2008

cresce tanto

minhas
barbas
de molho

as unhas
do poema

28/06/2008

vôo gastronômico

devorar
abismos
é sentir

na pele
na carne
nos ossos
a Fome

que eles
não
sentem.

27/06/2008

Fruto - Delírio

o deserto
é a casca
- o sol
o caroço

o Oásis
é a polpa
: e Nós
os sabores

26/06/2008

Dísticos

somos
essa Festa
de hormônios
e desejos

todas
as Palavras
do mundo
em ebulição

dois uni/
Versos
cantando
o Instante

para
que ninguém
jamais
esqueça

: o Futuro.

25/06/2008

Criptografia

entre
um Silêncio
e Outro

todas
as delícias
da Língua
produzindo
Arrepios

cem palavras
sem palavras
em silêncio
no Silêncio

: mutismo
de quem sabe
o uni/
Verso

expandindo
sob sua Pele.

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

Hoje tem texto meu aqui: Poetas Lusófonos.
.

24/06/2008

desAmor

perdi
minha
capacidade
de
te inventar

- toda
linda
maravilhosa
( a Mulher
dos
meus sonhos )

: e agora/
agora
você
não existe
mais

nem menos.

23/06/2008

Parceria

traga
a luz
que

o dia
eu
faço.

22/06/2008

Folga

desdeito
meu
Corpo

da
correria.

21/06/2008

Taxidermia

falta
de
Carinho

é isso

que
me
empalha.

20/06/2008

Poema

a Tinta
que sou
não sai
da caneta

com Ela
eu teço
tempero
o Aço

acendo
o Calor
o Carinho
Afeto:

a Palavra
Diana
é minha
lã.

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Hoje tem texto meu aqui:
O Fogo Anda Comigo.
.

19/06/2008

Plenitude

meu corpo
procura
o seu

seu corpo
procura
o meu

: Nós
somos um
no outro

os dois
endereços
de Tudo.

18/06/2008

Festa junina

debaixo
de muito
cobertor

vocêeeu
fazendo

Fogueira

17/06/2008

in finito

no chuveiro
a Musa
irriga
a pele
solo fértil
( a parede
do
Mistério )

: germina
poesia
acaricia
versos
lambe rimas
morde eros

e
eu sinto
suas prêsas
fixas
no instante
( em mim )

e sorrio
eu sou rio
& sou mar
gens.

16/06/2008

reeDitado

não tenho mapas
na língua

***


" caralho por exemplo "

( este é pra você E..., foi você quem pediu )

sou
tímido
demais
por isso

escrevo
eróticos
assim
com

palavrão

na sua
boca.

15/06/2008

Linda...

Na
verdade
ainda
não sei quem
você
realmente
é

uma
duas
três
quatro
tentativas
de aproximação
e

dentro
é o mais perto
que
consigo
chegar.

14/06/2008

Musa

sua
língua
em
minha
orelha

acende
o
poema

cresce
abs/
trato
é cobra
é pau
ave

e
orelha
também.

13/06/2008

Vasto

I

dedilho
com a língua
as cordas
do seu tesão
: pulsa
acelerado
o coração

do
tambor ritual.

II

nosso olho de ver

o sol

agora
existe.

III

outra eternidade
floresce
no irremediável

espaço

que resta entre
um segundo

e o mesmo.

IV

criadores
criaturas

a caverna acolhe
o dragão inventa

a caverna.

V

mas
impregnadas
no visgo
do sempre

estalagtites
estalagmites
tocam-se
a tempo.

12/06/2008

Namorados

sempre
assim
pelo
nome
sobrenome

: de
Querido

- a Vida
me
chama

de dentro
da
palavra
Amor.

11/06/2008

Resumo-resposta

em
noites
de
sol

minha
pele

sua.

10/06/2008

Messe

então
venha eva
nua
sedenta
e
pecadora

vamos
transpirar
sua
crença

: colher
o Fruto
é o mesmo
que

semeá-lo.

09/06/2008

Amor

somos
um par
de Olhos

na
paisagem

somos
Um
do outro

: a
Paisagem

08/06/2008

Vem comigo...

minha dor ruiu
sem nome e sentido

joguei o entulho
no esquecimento

não existe mais
( paredes em mim )

: agora eu posso
ver a paisagem...

Completo

a caneta
(quase)
não falha
mas quando
acontece

tenho
sempre um
poema
na ponta
da língua.

07/06/2008

Anotação de viagem

a gente
incendeia
junto
o mundo
inteiro
naquele
instante

mas chove
depois
e sempre

ficamos
alagados.

06/06/2008

arTesão

eriço
teus pêlos
todos
enquanto

teço
Passagens
secretas

de entrada
de saída
no Tempo
no Espaço

- em Você.

05/06/2008

Instante

meu Corpo
em você
seu Corpo
em mim

somos dois
Uni-
Versos...

é
tão densa
nossa
respiração

: que Tudo
deixou
de existir.

Proposta

venho de longe
venho de ontem
- você também

sei o objeto
da minha busca
- você também

trago madeira
acendo seu fogo
em troca de água

04/06/2008

Brevidades

acolhido
em suas
entranhas

sinto
o calor
do mistério

somos
(de)feitos
de estrelas

nosso
brilho
é distante.

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

Intercâmbio cultural:
hoje tem textos meus aqui: Vieira Calado .
Breve estarei publicando no Brasil (e no papel, em antologias), os versos deste Poeta que encanta com seu conhecimento e simplicidade na escrita.
Leia Vieira Calado AQUI

Lobas & Gatas

sempre
nas praias
desertas
onde nunca
estou

invisto
meu Tempo
esculpindo
Delicias

- em areia
movediça -

: depois
eu
desapareço
nElas

03/06/2008

Brinquedos

viro
do avesso
o seu deserto

: me abraça
com suas águas

02/06/2008

Uma deusa

me morde
me arranha
me amassa

reinventa
desinventa
e me deixa
o mesmo:

- o outro
de sempre.

01/06/2008

Aceitação

Vem Amor
mas venha logo
venha agora

que tudo é tudo
e eu te espero
aqui:

na minha casa
na minha cama
na minha carne

- ou na sua.

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

POETANDO JUNTO:

quando te vi
convite
perdi a noção
do tempo da bíblia

virei salomé

só pra beber
na bandeja
o poema

da tua urgência

Loba

31/05/2008

Etéreo Porto

Eu sou
todo
arrepios
todo
arrepios

e seus lábios...
e seus lábios...

: duas
eternidades
pousadas
em
mim.

¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨

POETANDO JUNTO:

pouso

após o vôo
quero
o porto
do seu corpo

e arrepios
onde as mãos
não alcançam

Loba

Dani(-se)

Eu vou
deixar
você molhada

Eu vou
deixar
você Eu vôo

: ainda
mais
alto
e longe
e dentro aqui
na palma

da
minha mão.

Alimento

hoje quero bocas
todas as bocas
unhas e dentes...
(depois escrevo asas
e vôo...)

: decore minha alma
devore meu corpo

que hoje
só hoje
(e sempre)
o poema é minha alma

eu
sou a carne do poema.